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Mostrando postagens com o rótulo Opinião

A pandemia em outra perspectiva

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Há quem veja o copo meio cheio e há quem o veja meio vazio. A pandemia do Corona vírus certamente intensificou o comportamento desses dois tipos de pessoas. Quem sempre preferiu reclamar da vida e achar um culpado para os seus próprios problemas, encontrou no distanciamento social a razão perfeita para continuar suas lamúrias. Ao passo que, os aventureiros, também atônitos com essa nova realidade, optaram por usufruir do lado bom. O tempo de sobra estimulou a criatividade, a troca de caminhos, a mudança de hábitos. Quantos finalmente iniciaram a prática regular de exercícios, decidiram aprender um novo idioma ou tocar um instrumento. Há os que mudaram de emprego , de carreira ou até de país. Conheço quem deixou a família e quem começou uma. E há quem diga que a ociosidade é um mal. Depende de quem usa. Pensar e repensar a vida deveria ser um hábito daqui em diante. O excesso de trabalho e de compromissos funciona bem no modelo industrial de Ford, porém impede o simples ato de viver

Please reach goals throughout your lifetime

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Have you ever thought about doing something that would change your life completely? Well, there are many ways you could do it. For some people, it is all about finding a new job, moving to a different city, or getting into college. Others would prefer to become a missionary abroad or buying a house. Actually, it is difficult to define what is big and what is small change. It depends on so many factors, such as background, life experiences, and references. Although, for all kinds of changes there is a common dominator: desire.  Truly, I would like to say that wishing something is enough to accomplish anything, however, we know it is not really like that. Here is where there is a division between people who do transform their lives and the ones who do not: effort. While the recipe is quite simple - desire and effort - the everyday work might not be so manageable. If you want to be a writer, for instance, it is easy to imagine your book published and hitting the list of top ten best title

Caso "João de Deus" revela um lado obscuro da cultura brasileira

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Foto: TV Brasil As denúncias de abuso sexual contra o médium espírita, popularmente conhecido como “João de Deus”, embora chocantes, demonstram resquícios de uma cultura patriarcal e machista em que, durante séculos, homens poderosos dominaram e submeteram mulheres a situações humilhantes para satisfazer seus próprios interesses. João Teixeira de Faria ainda teve a seu favor o disfarce religioso, outra suscetibilidade brasileira. Um plano perfeito para que pudesse satisfazer sua perversidade sexual em um contexto no qual homens sempre tiveram aval para exercer domínio violento sobre as mulheres. Os casos demoraram a vir à tona porque as vítimas acreditavam que cada ocorrência era um fato isolado, tornando o cenário de punição algo bastante utópico. E João estava ciente disso, afinal, mesmo com uma ou outra denúncia feita, o médium era aclamado pelos moradores de Abadiânia (GO) por ter transformado a cidade em um ponto turístico extremamente rentável. Cientes de que no Brasi

O aprendizado da derrota

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Não é fácil lidar com a derrota. Na verdade, considero essa umas das coisas mais difíceis da vida. Quando você se empenha por um período, seja anos ou dias, para atingir um objetivo, mas no fim o destino parece não colaborar, e a sensação de fracasso se torna inevitável. Ainda que a sessão de autoajuda nos influencie a acreditar que o fracasso só cabe àquele que nunca sequer fez a tentativa, na prática, a teoria não se aplica tão bem. Acompanhar a trajetória da Seleção Brasileira nessa Copa do Mundo foi relevante para mim, nesse momento da vida. Destacou o fato de que estamos sujeitos ao erro, ainda que haja a inicial certeza de que o passo dado foi certeiro. Às vezes, o esforço pessoal, os dias e noites de trabalho, as tentativas constantes de chegar ao resultado esperado não são suficientes para nos garantir uma vitória, seja na vida ou numa competição. Em outros momentos, esse período intenso de empenho nos apresenta outras consequências possíveis. Talvez tenhamos dispe

Back to my home country

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It is not always easy to come back home after living abroad. Even though you are excited to meet your relatives and friends, this is a moment of turbulence since you are leaving behind the most incredible experience you have had. Often, we create a life in the new place, meeting friends who become our family, getting a new job, finding new hobbies. Sometimes we even change a bit our personality, because we depending on being nicer and stronger to survive. Although you might enjoy the weather in the new place, you probably are not used to, and this also changes how you react to any situation. In the end, you have become a different person, with new habits and opinions, but, suddenly you are back to the past. You are home again where a new version of yourself has to interact with old memories and attitudes. Nobody can run away from this shock, after all. You are feeling confused with all the old behaviors as a response to the old actions. So, what to do if you have got diffe

Viajar é a minha maneira de renovar a vida

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Da mesma forma que escrevo para cultivar a criatividade, viajo para aperfeiçoar quem sou. Estar em lugares diferentes me permite renovar não só os ares, mas a percepção de mundo, as ideias, os perrengues e as piadas. Diante da minha tendência a contar sempre as mesmas histórias, vivenciar novas experiências e fazer novos amigos é fundamental para manter as amizades antigas, afinal, eles merecem ouvir sobre novos assuntos. Sempre viajei. Durante meus primeiros vinte e poucos anos, eram os livros que me levavam para outras realidades. Até que um dia, entendi que já estava preparada para encarar as delícias e os contratempos de um viajante da vida real. Embora não estivesse tão ciente do quanto esse desejo se tornaria parte dos meus hábitos e o quanto estes seriam mudados por essas aventuras. De fato, acontece uma magia enquanto viajamos. Estar livre da rotina e descansar do trabalho diário não são os únicos fatores que compõem essa sensação de estar realmente vivendo. Viajar é

Quando sua melhor amiga começa a namorar...

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Não é fácil aceitar o misto de sentimentos que vêm à tona quando sua melhor amiga começa a namorar. A felicidade por achar que ela finalmente encontrou um cara a altura é imensamente proporcional à constatação de que esse mesmo cara passará a ser o verdadeiro melhor amigo dela. Ainda que nos preparemos para esse momento, na prática, a teoria é mais didática. Quando vocês compartilharam 17 dos seus 20 e poucos anos, incluindo todas as enroscadas e aprendizados, é complicado aceitar que essa exclusividade vai acabar. Bem ou mal, você não será mais a primeira pessoa para quem ela irá comentar suas paranoias. Aliás, bem, pois é necessário torcer para que assim seja, pois significará que eles têm uma relação valiosa. Ironias de uma amizade. Ele é um cara bacana e tals, daqueles que será capaz de superar as expectativas. Mas isso não evitou minha crise de pânico na madrugada, antes de atender a um convite dela, para um almoço em família com ele. Aqueles momentos dos quais quere

Yes, Brazil is a racist country

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Yes, Brazil is a racist country. I know, it does not make sense if you have any previous knowledge about how many multiple races there are in this country. It should be one of the most tolerant places in the world, instead, natives frequently face more racists attitudes here than where people are known for being prejudiced. It is complicated to explain why this reality is how it is. Mainly because racism occurs most against black people. Of course, there are jokes about the population from any nationality, who keeps their descending physical characters. It is bad behavior but there is no offensive intonation, except when it is about blacks. Though 52.9% of the citizens are black, we have an unachievable beauty standard; the European one. Brazilians frequently super value white people with straight and blond hair, and a small nose. Far be it from me to quiz this pattern, after all, the Europeans are really beautiful. What I mean is that it is obviously insane to add this stan

Lar é para onde você sempre pode voltar

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Voltar para casa, após doze meses morando do outro lado do mundo, é certamente reconfortante. Não importa o quão incrível tenha sido a experiência de viver em outra cultura, de enfrentar novos obstáculos e atingir objetivos. Casas podem ser muitas, mas lar é onde mora a sensação de pertencimento. Depois de um ano distante do que eu entendia como realidade, tudo o que eu mais queria era abraço de sobrinho, mousse de maracujá feito pelo meu pai, rever os amigos, barulho de família reunida, comida de mãe, papo-cabeça com meus avós, roupas de verão, comer jabuticaba do pé, brigadeiro de madrugada, churros da esquina, me jogar na minha cama. Senti falta de ar condicionado ligado, de mergulhar na piscina, dormir na cama dos meus pais, comer sonho, olhar de irmão, guloseimas das cunhadas, cheirar meus livros, não ter horário para acordar (e muito menos para dormir), beber água de coco, implicar com os sobrinhos, dirigir meu carro, usar salto alto, reencontrar minhas antigas roupas.

Paris, a cidade mais visitada do mundo

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Quase todo ser humano na face da terra tem o desejo de ir à Paris. Se você não se enquadra nessa estatística, tens meu respeito simplesmente por ser diferente. Ainda assim, descreverei minha percepção sobre a cidade, a fim de lhe proporcionar razões para mudar de ideia ou permanecer com a mesma, a depender do seu grau de teimosia. Confesso que nunca fui das mais aficionadas em conhecer Paris. Provavelmente por ser um destino clichê e eu preferir tirar minhas próprias conclusões a respeito do que a maioria julga belo. Porém, estando na Europa, eu me vi tentada a desvendar os motivos de toda essa paixão pela cidade. Em duas visitas, posso lhe afirmar que Paris é uma cidade feiamente encantadora. Os pontos turísticos possuem uma beleza apresentada nos detalhes irreverentes das construções. Por isso, é impossível não se sentir emocionado pela imensidão e arquitetura do Museu do Louvre e pela diversidade de suas obras, que vai muito além da La Joconde . A Torre Eiffel , infelizmen

Seis meses e algumas cicatrizes depois

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Seis meses após desembarcar na Holanda, já faço uma ideia de como será difícil me despedir desse país, ainda que isso signifique voltar para casa. Com apenas mais meio ano pela frente residindo na terra dos moinhos, os planos ainda não concretizados parecem demais frente ao curto período de tempo que está por vir. Em seis meses, ainda não conheci todas as cidades que gostaria, não visitei todos os países que pretendia, não experimentei todas as comidas típicas que deveria, mas já não me considero mais aquela mesma pessoa que vi na última olhada no espelho antes de pegar o avião. Além das mudanças externas, alguns quilos a mais, mãos com cicatrizes de queimaduras devido a água quente das torneiras, unhas em estado deplorável, pele ressecada, há uma quantidade enorme de ideais que também já não são mais os mesmos. Descobri que ao longo dos meus 25 anos, eu nunca soube exatamente quem eu era. Sei que é um clichê, mas quando dizem que passar uma temporada absorvendo outra

Modelo de amizade que desejo aos meus sobrinhos

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E de repente você se pega stalkeando o Facebook de amigos dos seus sobrinhos. Eu sei, é vergonhoso, mas sabe aquela necessidade de saber que tipo de amizade seus pequenos estão cultivando por aí? Então, é essa preocupação que me obriga a dar uma espiada nos relacionamentos que estão sendo construídos na fase da pré-adolescência deles. Certamente estou sendo influenciada pela minha própria experiência, de quem já teve amizades não muito construtivas nesse período da vida. Mas, principalmente, de quem, justamente com a mesma idade das sobrinhas, fez amigas para a vida toda. Amigas que, na verdade, chamo de irmãs. Dessas que acompanham todos os nossos passos desde a infância à (assim espero) velhice. O que me lembra de que já são quase 16 anos de bons e maus momentos compartilhados. O primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira nota muito ruim, o primeiro 10, o primeiro coração partido, o segundo, o terceiro... O primeiro celular, o primeiro emprego, o primeiro animal de estimaçã

A visão dos europeus sobre o Brasil

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O modo como os brasileiros são vistos por alguns europeus foi algo que me chamou a atenção nessa minha temporada vivendo nesse continente. De modo geral, a primeira coisa que um estrangeiro faz quando descobre que alguém é brasileiro, é abrir um sorriso. É uma atitude automática, que passa a impressão de que uma áurea positiva acompanha a resposta para a pergunta " where are you from? ". A partir do momento em que descobrem a origem brasileira, os europeus se tornam ainda mais simpáticos e dispostos a um bom bate-papo. E, na maioria dos casos, essa atitude não é maliciosa, é simplesmente por terem um conceito de que nós somos receptivos e agradáveis. E, evidentemente, esse fato me surpreendeu, especialmente porque eu acreditava que sofreria preconceitos e olhares de pena por ter vindo de um país considerado de terceiro mundo. Ledo engano. Na verdade, o contrário está bem mais próximo da realidade. Conheci alguns holandeses e suíços que me contaram de suas viagens ao Bra

A apoteose de morar em outro país

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A experiência de morar em outro país é quase sempre alucinante, especialmente quando a outra nação é completamente diferente da sua. As diferenças evidentes de clima, cultura e idioma realmente mexem com a cabeça. Todas as referências anteriores não estão mais ao alcance das mãos, e essa nova situação exerce grande influência sobre nós. Sobretudo estimulando a humildade, afinal, você provavelmente está começando uma vida do zero e, por um instante, volta a ser uma criança indefesa, apesar de todas as experiências que já viveu. Desde simples tarefas, como ir ao supermercado ou ter de separar o lixo antes de se desfazer dele, até abrir uma conta no banco usando outro idioma, tudo é novidade e precisa ser aprendido. E aprender errando volta a ser algo recorrente mesmo que a adolescência já tenha passado. Essa sensação é quase sempre desconfortável para quem já é adulto e pensa já saber tudo na vida. E, é exatamente por isso, que a experiência de se entregar a algo novo é tão valiosa

As dores e as alegrias de uma partida

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Poucas são as pessoas que reagem bem às mudanças drásticas da vida. Lidar com partidas, por exemplo, costuma ser doloroso, sejam elas temporárias ou permanentes, por esse ou por aquele motivo. Dizem que a falta é maior para quem fica, pois quem vai estará ocupado em absorver as novidades. Quem aguarda o retorno, se prende na espera e essa atrasa o tempo. Mas aquele que vai, leva consigo as agruras de ter escolhido ir. O peso de ter optado pela distância frente à presença das pessoas que realmente importam. Mas ninguém sabe ao certo até onde vai essa culpa. Acaba logo ou permanece? O tempo perdido poderá ser, de alguma forma, recuperado? Compensa estar perto e a qualidade do tempo gasto ser pouca? Ou a raridade da presença torna tudo mais intenso? O fato é que às vezes é preciso ir mais longe para buscar inspiração. De vez em quando o habitual não fascina tanto e a distância renova o modo como vislumbramos a rotina. Ficar parado é confortável e não causa efeitos desagradáveis no

Programe-se, mas não limite-se

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É normal que na idade adulta precisemos pontuar horários e compromissos, seja de trabalho, estudo ou pessoais. A organização do nosso tempo e a definição de metas e propósitos é fundamental para que tenhamos alguma ideia sobre o futuro. Todavia, essas pontuações sobre o que, como e quando fazer, não deveriam subtrair de nós a graça da vida. A programação dos passos futuros é primordial para o bem estar, desde que não nos estabeleça limites tão concretos que se tornam intransponíveis. Algumas pessoas saberão o que fazer da vida ainda na infância, sem grandes dúvidas ou mudanças e serão muito felizes em suas decisões. Outras, terão certezas absolutas por um tempo, até os fatos mudarem os planos e trocarem a ordem das escolhas. Em ambos os casos, ninguém deveria se martirizar. O fator relevante sobre o que fazer da vida é pensar e agir sobre. Ainda que amanhã ou depois o que era bom hoje não seja mais. Afinal, somos seres mutantes e, muitas vezes, a evolução só acontece após a alter

Brasileiro tem criatividade nata, mas falta apoio para os inventores

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        Até conhecer o trabalho de Paulo Gannam, eu nunca tinha pensado que inventor poderia ser uma profissão. De fato, esse potencial inventor não é muito difundido no ensino brasileiro e nós não somos estimulados a criar soluções criativas para problemas cotidianos. Por isso, quem investe nessa área tende a se destacar, mas enfrenta dificuldades para transformar suas ideias em algo concreto. A entrevista com Gannam é uma boa forma de conhecer mais sobre esse universo e ajudar a divulgar um trabalho diferenciado e necessário. Paulo Gannam Paulo Gannam é formado em jornalismo pela Universidade de Taubaté e especialista em dependência química pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos em Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Já teve alguns trabalhos nessas áreas (assessoria de imprensa, auxiliar em centro de recuperação de dependentes químicos e depois supervisor de Censo pelo IBGE), mas nos últimos quatro anos tem se