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O aprendizado da derrota

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Não é fácil lidar com a derrota. Na verdade, considero essa umas das coisas mais difíceis da vida. Quando você se empenha por um período, seja anos ou dias, para atingir um objetivo, mas no fim o destino parece não colaborar, e a sensação de fracasso se torna inevitável. Ainda que a sessão de autoajuda nos influencie a acreditar que o fracasso só cabe àquele que nunca sequer fez a tentativa, na prática, a teoria não se aplica tão bem. Acompanhar a trajetória da Seleção Brasileira nessa Copa do Mundo foi relevante para mim, nesse momento da vida. Destacou o fato de que estamos sujeitos ao erro, ainda que haja a inicial certeza de que o passo dado foi certeiro. Às vezes, o esforço pessoal, os dias e noites de trabalho, as tentativas constantes de chegar ao resultado esperado não são suficientes para nos garantir uma vitória, seja na vida ou numa competição. Em outros momentos, esse período intenso de empenho nos apresenta outras consequências possíveis. Talvez tenhamos dispe

Back to my home country

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It is not always easy to come back home after living abroad. Even though you are excited to meet your relatives and friends, this is a moment of turbulence since you are leaving behind the most incredible experience you have had. Often, we create a life in the new place, meeting friends who become our family, getting a new job, finding new hobbies. Sometimes we even change a bit our personality, because we depending on being nicer and stronger to survive. Although you might enjoy the weather in the new place, you probably are not used to, and this also changes how you react to any situation. In the end, you have become a different person, with new habits and opinions, but, suddenly you are back to the past. You are home again where a new version of yourself has to interact with old memories and attitudes. Nobody can run away from this shock, after all. You are feeling confused with all the old behaviors as a response to the old actions. So, what to do if you have got diffe

Favor não negar ajuda ao próximo

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Google Dia desses, eu estava em uma estação de metrô em Nova York, quando um idoso, negro e corcunda passou abordando as pessoas, pedindo dinheiro. Não sei se ele possuía algum problema de voz ou se o cansaço da vida o tinha convencido a calar-se, pois ao invés de falar, ele apenas gesticulava e mexia os lábios. Ainda assim, ao julgar pelas roupas, pelo suor e pelo jeito recatado de andar, todos ao redor automaticamente entendiam quando ele erguia a mão mostrando moedas como quem pede por elas.  Naquele momento, após ter andado o dia inteiro pela cidade, eu estava segurando uma sacola, celular, mochila e muito cansaço e não tinha certeza se possuía moedas na carteira. E aparentemente verificar me daria muito trabalho, caso, no fim, não as encontrasse, portanto agi como todos que ali estavam e, quando ele se aproximou de mim, eu apenas fiz uma cara de piedade e neguei com a cabeça, sem sequer ter me esforçado para ajudar. Porém ele continuou me encarando e falou algo, inaud

Yes, Brazil is a racist country

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Yes, Brazil is a racist country. I know, it does not make sense if you have any previous knowledge about how many multiple races there are in this country. It should be one of the most tolerant places in the world, instead, natives frequently face more racists attitudes here than where people are known for being prejudiced. It is complicated to explain why this reality is how it is. Mainly because racism occurs most against black people. Of course, there are jokes about the population from any nationality, who keeps their descending physical characters. It is bad behavior but there is no offensive intonation, except when it is about blacks. Though 52.9% of the citizens are black, we have an unachievable beauty standard; the European one. Brazilians frequently super value white people with straight and blond hair, and a small nose. Far be it from me to quiz this pattern, after all, the Europeans are really beautiful. What I mean is that it is obviously insane to add this stan

Paris, a cidade mais visitada do mundo

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Quase todo ser humano na face da terra tem o desejo de ir à Paris. Se você não se enquadra nessa estatística, tens meu respeito simplesmente por ser diferente. Ainda assim, descreverei minha percepção sobre a cidade, a fim de lhe proporcionar razões para mudar de ideia ou permanecer com a mesma, a depender do seu grau de teimosia. Confesso que nunca fui das mais aficionadas em conhecer Paris. Provavelmente por ser um destino clichê e eu preferir tirar minhas próprias conclusões a respeito do que a maioria julga belo. Porém, estando na Europa, eu me vi tentada a desvendar os motivos de toda essa paixão pela cidade. Em duas visitas, posso lhe afirmar que Paris é uma cidade feiamente encantadora. Os pontos turísticos possuem uma beleza apresentada nos detalhes irreverentes das construções. Por isso, é impossível não se sentir emocionado pela imensidão e arquitetura do Museu do Louvre e pela diversidade de suas obras, que vai muito além da La Joconde . A Torre Eiffel , infelizmen

A apoteose de morar em outro país

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A experiência de morar em outro país é quase sempre alucinante, especialmente quando a outra nação é completamente diferente da sua. As diferenças evidentes de clima, cultura e idioma realmente mexem com a cabeça. Todas as referências anteriores não estão mais ao alcance das mãos, e essa nova situação exerce grande influência sobre nós. Sobretudo estimulando a humildade, afinal, você provavelmente está começando uma vida do zero e, por um instante, volta a ser uma criança indefesa, apesar de todas as experiências que já viveu. Desde simples tarefas, como ir ao supermercado ou ter de separar o lixo antes de se desfazer dele, até abrir uma conta no banco usando outro idioma, tudo é novidade e precisa ser aprendido. E aprender errando volta a ser algo recorrente mesmo que a adolescência já tenha passado. Essa sensação é quase sempre desconfortável para quem já é adulto e pensa já saber tudo na vida. E, é exatamente por isso, que a experiência de se entregar a algo novo é tão valiosa

A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio

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O jornalismo brasileiro possui ressalvas em divulgar casos de suicídio. A maioria dos jornais, incluindo todas as plataformas, prefere omitir quaisquer informações a respeito de pessoas que tentam ou conseguem tirar a própria vida, a não ser que seja alguma personalidade. O objetivo dessa atitude coletiva é respeitar o indivíduo e os familiares e, principalmente, evitar o incentivo à disseminação do suicídio. Um relatório inédito da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado no último dia 4 de setembro, revelou que a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo comete suicídio. É um dado assustador, mas importante para trazer à tona um problema pouco comentado no cotidiano dos noticiários. De fato, a veiculação de suicídios poderia incentivar a prática, mas e a omissão? O Brasil é o 8º país entre as nações com maior número de suicídio. No ano de 2012, o país registrou 11.821 mortes por suicídio, sendo 9.918 de homens e 2.623 de mulheres, uma taxa de 6% para cada 100 mil habi

Um repórter da África

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Gilungua Miguel João tem 29 anos e, a pesar do nome complicado, é gente boa. Mora em Lubango, capital da província da Huíla, em Angola, na África.  É recém-formado em Comunicação Social no Instituto Politécnica Tundavala (ISPT), na província de Huíla. Já teve experiências profissionais em Portugal, mas há dois anos exerce a função de repórter na TV Zimbo e na Rádio Comercial do Lubango (Rádio 2000) há nove anos. Miguel já já conheceu os países Gabão, Cabo-verde, Namíbia, Portugal e Espanha. AG - Como é o estilo de vida em Luanda? Gilungua Miguel - A vida em Luanda é difícil.  Não poderia ser diferente, pois se trata da capital do país e, portanto, o centro das atenções.  É uma cidade pequena, embora seja considerada o centro de negócios da África. Abriga muitos povos, tanto nacionais quanto estrangeiros. É o ponto do país em que mais se registram atos de delinquência, insegurança. Obviamente ainda há algumas zonas da cidade que apresentam tranquilidade, como Cidade Alta,

7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo - Abraji

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Este ano participei do 7º Congresso realizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) em parceria com a Universidade Anhembi Morumbi e aqui vai um registro pessoal desse evento, com resumos das palestras e fotos. O congresso teve a participação de  632 inscritos de 25 estados do país. Lembrando que eu não fotografei todos os palestrantes, por isso o uso da legenda em alguns casos. Antes dos resumos, minha impressão: O congresso foi certamente muito bem organizado, as pessoas estavam bem informadas e foram muito solicitas. Algo que me deixou feliz foi a simpatia dos palestrantes, tanto famosos quanto anônimos. Tive a oportunidade de chegar pertinho de excelentes profissionais brasileiros da área. Tirei fotos com a maioria, mas não postarei aqui por razões pessoais. A minha conclusão é que o evento é uma ótima oportunidade para estudantes e jornalistas adquirirem amplos conhecimentos. Vale a pena! Na foto abaixo estão o kit que os participantes recebem

ENTRE O CAPITAL E O SOCIAL

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O que é melhor: Uma sociedade em que algumas pessoas são muito pobres e outras extremamente ricas, mas onde você tem a chance de transitar de uma classe para outra. Ou um sistema em que todos têm a mesma condição financeira, mesmo que beirando a pobreza?

“Pensamos que a África é um continente de fome e miséria, e que há leões andando soltos pelas ruas...”

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Após uma estadia de três meses em Petrória, África do Sul, Carla Caroline da Silva, estudante de Direito na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), na cidade de Três Lagoas, conta quais foram as dificuldades enfrentadas no exterior, quais seus objetivos durante a viagem, o modo como o Brasil ainda é visto lá fora e o que os conhecimentos recentemente adquiridos vão acrescentar ao seu trabalho voluntário no encaminhamento religioso de crianças e jovens e à sua carreira profissional na área de Direito. Andreza Galiego - Como você vê a burocracia brasileira a respeito de viagens internacionais? E a africana? Carla da Silva - Eu não enfrentei muita burocracia para obter a documentação necessária da viagem, mesmo porque o Brasil e a Àfrica do Sul têm um acordo diplomático na concessão de vistos para visitantes durante o período de três meses. No entanto, por causa de um erro da contagem de dias do meu visto, saí da África do Sul com uma multa a ser paga na em

Bin Laden e o Antiamericanismo

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          Antiamericanismo não é o mesmo que genocídio ou terrorismo. Os antiamericanos são as pessoas que discordam desse sistema imposto pelos Estados Unidos da América, que carrega em seu próprio nome uma superioridade irreal, mas convincente. São aqueles que desacreditam nas maravilhas de um país perfeito e invejado, contrariando a grande maioria que crê veementemente nessa narrativa. Os poucos que se fazem essas perguntas: Será que o homem foi mesmo à Lua? Ou A queda das Torres Gêmeas foi realizada por Osama Bin Laden? Bin Laden realmente morreu? São os que têm um pouco mais de conhecimento crítico e não acreditam simplesmente no que lhes é vendido pela imprensa. Estes costumam ser os revoltados, os céticos, os desconfiados da vida. Talvez sejam, só que, nesse caso, duvidar pode ser muito mais uma qualidade do que um defeito. Os EUA têm domínio sobre o mundo e não é só economicamente, mas culturalmente. Impuseram um sistema de forma tão magistral, que deu certo. E ac

O outro lado da tecnologia

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             A tecnologia para meros mortais que não estudam diretamente esse assunto é uma evolução necessária que só traz benefícios a humanidade. Porém para muitos estudiosos e formadores de opinião deveria haver um limite para tanto avanço tecnológico, principalmente porque neste século essa tecnologia não evolui sozinha, mas conjunta com a física quântica e com a ciência o que, nos próximos tempos, pode ser uma união muito perigosa. Um fato indiscutível é o de que todo esse avanço que aconteceu com mais intensidade nos últimos 20 anos, trouxe muito mais benefícios para a população mundial do que prejuízos. A começar pela proximidade de nações, pela expansão da informação, pela possibilidade de comunicação e visualização com pessoas que se encontram em localidades diferentes e até pelo avanço que essa tecnologia trouxe à ciência e à medicina. Por isso, hoje é difícil acreditar que essa evolução possa um dia fazer mais mal do que bem ao ser humano. Entretanto, está mais